Como artistas musicais consagrados se apresentaram ao mundo pela primeira vez? O resgate desse nascimento é o tema da Bornhood, uma festa com conceito inédito, resultado do projeto de pesquisa em música liderado pelo músico Bruno Varoto, membro da banda ROMO, em parceria com a Varanda, complexo de comunicação e cultura.
A cada edição da Bornhood, o primeiro álbum de um artista diferente é explorado não apenas na pista de dança, como também no estúdio do Maquinaria. Funciona assim: antes dos convidados tocarem em tributo ao álbum da noite, as histórias, experiências e curiosidades sobre a estreia musical do artista homenageado são contadas durante a gravação do podcast homônimo à festa. Todo o processo é feito ao vivo e de forma aberta ao público presente que, se assim desejar, também pode participar do episódio.
O álbum escolhido para dar início ao projeto é o primeiro e único lançado em vida pelo rapper The Notorious B.I.G., “Ready to die” – uma obra que completa 25 anos em 2019 e marcou uma era pelo som fluido, letras pesadas e participações renomadas de outros artistas. Os convidados da primeira edição são Everton Beatmaker, produtor musical; Zaíra Tarin, crítica musical; e Lucas Pina, artista. O mediador da noite é o idealizador do projeto, o músico Bruno Varoto.
Pronto para morrer
“Meu som é mais profundo do que a minha cova” é uma das letras que The Notorius B.I.G. inaugurou em seu primeiro álbum, “Ready to die”. Lançado em 1994, esse trabalho em estúdio também foi o primeiro grande lançamento da gravadora Bad Boy Records e alçou B.I.G. ao status de uma das maiores estrelas do hip hop. Ao longo dos anos, mesmo após o assassinato do artista, o reconhecimento da excelência do “Ready to die” continuou a crescer e consolidar-se, por motivos que vão desde suas letras de impacto – reconhecidas, inclusive, por seu valor literário – até as célebres participações, sejam nos vocais ou na produção das faixas – nomes como Lil’ Kim, Puff Daddy e Diana King.
Podcast da primeira edição
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O álbum escolhido para a segunda edição é o primeiro lançado por Kanye West como rapper, “The College Dropout” – obra que completa 16 anos em 2020 e abriu portas para um novo estilo de se fazer hip-hop que perdura até os dias atuais. Ao lado do idealizador do projeto, o músico Bruno Varoto, o Maquinaria recebeu os convidados Everton Beatmaker, produtor musical; João Victor Medeiros, jornalista; e Zaíra Tarin, crítica musical.
Estamos em guerra com nós mesmos
Depois de um acidente quase fatal, o então produtor Kanye West decidiu que iria investir de vez em sua carreira como rapper. Lançado em fevereiro de 2004, esse trabalho marcou o início de um rompimento da figura gangster que imperava no hip hop. Suas batidas com forte inspiração na soul music e suas letras que tocavam em temas como materialismo, religião e racismo de um forma bem particular influenciaram toda a geração que se seguiu, expandindo as possibilidades do que se considerava rap.
Fotos e artes por Bruna Bridi
Podcast da segunda edição
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